SulAmérica: Qual será o futuro da operadora?
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6 de fevereiro de 2024Essa pergunta virou tendência após milhões de brasileiros tentarem a sorte com uma operadora de planos de saúde para adquirir um plano pessoa física.As negativas são diversas e as origens disso são controversas. “Após anos de análises, as companhias de planos de saúde entenderam que as carteiras pessoa física não são rentáveis. Diante da intensa regulamentação do governo federal, dos riscos de inadimplência e também dos custos de operação, praticamente todas acharam melhor abandonar esse setor por inteiro”, avisa o analista Roberto Dropa, corretor líder da Fraternity Seguros.
Como os reajustes destes planos são realizados pela ANS – Agência Nacional de Saúde, é difícil tirar lucro deste serviço, com reajustes que variam de 9% a 11% ao ano, em média. Assim, as operadoras optaram por atender planos coletivos por adesão e empresariais, cujos reajustes são controlados pelas próprias empresas que prestam o serviço – mediante o uso dos beneficiários/segurados ao decorrer do ano de contrato.
“Os planos de saúde empresariais são mais atraentes pelas taxas de desconto que as operadoras oferecem por conta dos contratos terem 12 meses de validade – uma garantia que a operadora não tem nos planos de saúde para pessoa física”, continua Roberto.
“Ao todo, pelo menos 50% da população brasileira conta com plano de saúde privado. Destes, apenas 17% estão no modelo de pessoa física – cerca de 9 milhões de pessoas”, diz.
Entretanto, ainda que os planos existam, Dropa avisa que em um futuro muito próximo, a tendência é que sumam por completo. “Caso a pessoa não tenha uma formação superior ou não tenha um CNPJ ativo, a situação pode se complicar bastante no futuro, já que existe essa possibilidade da oferta acabar por inteiro para clientes pessoa física. As maiores operadoras do país já não ofertam mais essa opção de plano”, finaliza.