Planos de Saúde: Especialista em planos de saúde Roberto Dropa, dá dicas valiosas para evitar aumentos abusivos em anuidades

No Brasil existem pelo menos 50 milhões de pessoas que estão conveniadas a um plano de saúde. Sem exceção, o plano de saúde é uma das contas mais importantes no planejamento financeiro de inúmeras famílias e saber usar o plano do modo correto é a chave para poupar em futuros aumentos. 

Atualmente, não é segredo que os planos de saúde sofrem para conseguir lucrar, com diversas operadoras correndo risco sério de quebrar no mercado nacional. Logo, é preciso unir as duas coisas: a boa estratégia de uso do plano e também uma transparência maior das operadoras que raramente oferecem dicas boas.

Com anos de atividade no mercado, o corretor líder da Fraternity Seguros, Roberto Dropa, explica o que os planos de saúde raramente contam ao segurado. “O maior erro é apelar nas emergências dos prontos-socorros. O povo brasileiro possui uma série de doenças crônicas não tratadas ou até mesmo diagnósticas. Aí acontece uma emergência e são encaminhados aos hospitais. Nisso, o médico pede uma bateria de exames para identificar o problema e alguns deles são extremamente onerosos à operadora”, explica.

Outra situação que eleva a sinistralidade do plano é a fraude. Muitas vezes, isso ocorre até mesmo sem a ciência do paciente. Em laboratórios, a prática de funcionários que acabam pedindo exames a mais nas pranchetas é mais comum do que deveria. “Por mais incrível que pareça, alguns hospitais também fazem isso em cirurgias. Alegam ao plano de saúde que vão usar instrumentos de primeira linha e reportam isso no gasto financeiro a ser pago – quando, na verdade, usaram equipamentos bem mais baratos”, continua. 

Alguns consultórios médicos não conveniados também podem fraudar consultas no esquema de reembolso ao cliente, emitindo mais notas fiscais que o necessário, recebendo o pagamento mais vezes por um único atendimento. “Além das fraudes, há o problema sério da inflação médica que disparou bastante desde a pandemia. Fora a má administração das empresas. Enquanto esses elementos estão fora do controle do conveniado, é importante estar atento aos pedidos de exame, ler as guias de requisição do hospital para ter certeza que está tudo adequado. Além de, claro, fazer mais consultas eletivas e evitar o pronto-socorro. Esses detalhes farão a diferença no reajuste do ano seguinte, com certeza”, finaliza Dropa.