Um temor bastante comum para qualquer cliente de planos de saúde é a viabilidade financeira a longo prazo da empresa que estão filiados. Desde a falência súbita da Unimed Paulistana que aterrorizou milhões de pessoas no final de 2015, os brasileiros convivem com o temor de viver dias semelhantes novamente em uma eventual falência de outra empresa do segmento. 

 

A NotreDame Intermédica na verdade já se trata da fusão de duas empresas: a NotreDame Seguradora e a Intermédica. “A empresa oferece a opção do cliente ser atendido em sua rede verticalizada, como também da rede credenciada, de hospitais conveniados, assim como outros planos de saúde oferecem”, afirma o corretor especialista Roberto Dropa.

 

Em 2022, a empresa sofreu uma nova fusão com a Hapvida, tornando-se ainda mais agressiva na questão da verticalização de serviços. Diversas seguradoras de saúde de baixa expressão de mercado foram compradas como a Unimed ABC, Greenline, Bio Saúde, entre outras. Com isso, hoje a NotreDame é considerada a maior operadora de saúde do país contando com 84 hospitais, 78 prontos-socorros, 365 centros clínicos, 269 unidades de diagnósticos por imagem e 3 centros exclusivos de atendimento para clientes com mais de 50 anos”, continua.

 

Entretanto, ainda que a rede seja gigantesca, o temor da falência está presente por conta de atitudes polêmicas da administração da companhia. Diversos hospitais da rede credenciada estão sendo substituídos gradualmente pelos estabelecimentos próprios da NotreDame – o que levanta diversas suspeitas. “Não é novidade que o grupo possua uma dívida bilionária. Hoje, o corpo executivo da companhia batalha para verticalizar ainda mais a empresa e diminuir sua sinistralidade da carteira de clientes. Isso envolve aumentos expressivos no custo da mensalidade para os clientes. E o reajuste de 2024 promete ser tão agressivo quanto o de 2023”, afirma Dropa.

 

“Na minha opinião, eles estão fazendo o possível para manter a viabilidade do serviço. O desafio de manter o equilíbrio financeiro é visto em diversas operadoras do mercado, então a NotreDame é apenas mais uma em várias com dificuldades monetárias. Eles vão continuar verticalizando para diminuir a rede credenciada e oferecer um plano totalmente centralizado na rede própria que estão construindo agora. Logo, com tanto investimento em verticalização, é difícil crer que a falência do grupo esteja tão próxima quanto as pessoas imaginam”, finaliza o especialista.

 

Sobre Roberto Dropa

 

Roberto Dropa é corretor de seguros há 12 anos, nesse tempo adquiriu muito prestígio no mercado atuando no segmento de planos de saúde. Após cinco anos de intenso esforço e trabalho conseguiu fechar o seu primeiro grande contrato com o Grupo A Educacional (no ano de 2017), uma rede de escolas que possui 4 colégios particulares e 10 unidades CEI ‘S em parceria com a prefeitura de São Paulo/SP. 

 

No ano de 2018 fechou outro grande contrato com a FUNDAÇÃO S.O.S PRO-MATA ATLÂNTICA, a maior ONG do Brasil que atua na promoção de políticas públicas para conservação da Mata Atlântica. Hoje é responsável técnico da Fraternity Seguros, que possui mais de 3.000 contratos de planos de saúde ativos em sua carteira (sendo de pequenas, médias e grandes empresas).

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